Double Indemnity (Pacto de Sangue), 1944.

Ficha Técnica:

Direção: Billy Wilder

Roteiro: Billy Wilder e Raymond Chandler (baseado na novela de James M. Cain)

Narrado por Fred MacMurray

Música: Miklós Rósza

Fotografia: John Seitz

Edição: Doane Harrison

Distribuição: Paramount Pictures (inicial), Universal Studios

Elenco:

Fred MacMurray .... Walter Neff, um vendedor de seguros da Pacific All-Risk.
Barbara Stanwyck .... Phyllis Dietrichson, esposa infeliz que seduz Neff.
Edward G. Robinson .... Barton Keyes, um veterano e competente investigador de seguros da Pacific All-Risk, amigo de Neff.
Porter Hall .... sr. Jackson
Jean Heather .... Lola Dietrichson
Tom Powers .... sr. Dietrichson
Byron Barr .... Nino Zachetti
Richard Gaines .... Edward S. Norton, Jr.
Fortunio Bonanova .... Sam Garlopis
John Philliber .... Joe Peters

Sinopse:
Este é considerado o protótipo do film noir, pois tem todos os elementos que constituem o gênero noir. Trama que engloba o planejamento e a execução de um assassinato, a femme-fatale, os personagens que representam, à perfeição, o caráter psicopático, o contraste claro-escuro marcante, revelando influências expressionistas alemãs clássicas, os diálogos curtos, cínicos e duros, o suspense, a emoção final e surpreendente, não exatamente feliz para os personagens principais. Enfim, uma obra prima de primeiríssima grandeza! Um marco na história do cinema. Uma lição de um perfeito roteiro, direção e cinema.

Curiosidades:
A história se baseou num crime real de 1927, em que Ruth (Brown) Snyder, uma mulher casada do Queens convence seu amante Judd Gray a matar o marido Albert, após ter comprado uma apólice de seguro com cláusula de indenização dobrada (double-indemnity clause). Os assassinos foram presos. Outros filmes inspirados no mesmo crime foram The Postman Always Rings Twice e Body Heat. Double Indemnity foi refilmado para a televisão em 1973, com Richard Crenna, Lee J. Cobb e Samantha Eggar.

Indicado para 7 prêmios da Academia, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz Principal, Melhor Roteiro, Melhor Música. Billy Wilder revelou-se não somente um diretor com traços marcantes do gênio, mas também um excelente co-roteirista.

Para os atores principais (Murray e Stanwyck) foi um duro teste de coragem interpretar papéis em um filme obscuro e pesado, o que poderia prejudicar sua fama entre seus fãs. Ocorreu exatamente o contrário, tornaram-se membros do grupo de atores imortais, pelas suas interpretações excepcionais. A trilha sonora, uma das mais belas da história do cinema, é de autoria do gênio Miklós Rósza.

Este vídeo foi por mim montado a fim de apresentar um modelo de diálogo cínico, um paradigma nos filmes noir. Um exemplo de como um personagem de caráter psicopático pode transferir para outro, tido como absolutamente normal, seu perfil egoista, antissocial, maléfico e nocivo para a sociedade.