Cinema Noir

Este blog retrata a história do cinema noir clássico, desde seu início em 1941 até seu fim em 1958. Não são apresentados os filmes do período proto-noir, pré-noir, filmes de gangsters e de penitenciárias, bem como os neo-noir que são produzidos até os dias atuais. Para os amantes deste gênero inesquecível!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Touch of Evil (A Marca da Maldade), 1958.



Ficha Técnica:
Direção: Orson Welles
Produção: Albert Zugsmith, Rick Schmidlin (diretor de cortes e restauração em 1998)
Roteiro: Orson Welles (baseado em novela de Whit Masterson), Paul Monash (não creditado), Frank Coen (citação necessária)
Música: Henry Mancini
Fotografia: Russell Metty, ASC
Edição: Aaron Stell, Virgil Vogel, Walter Murch
Distribuição: Universal Studios

Elenco:
Charlton Heston... Ramon Miguel Vargas
Janet Leigh... Susan Vargas
Orson Welles... Hank Quinlan
Joseph Calleia... Pete Menzies
Akim Tamiroff... Uncle Joe Grande
Joanna Cook Moore... Marcia Linnekar
Ray Collins... Promotor distrital Adair
Dennis Weaver... Gerente noturno
Val de Vargas... Pancho
Mort Mills... Al Schwartz
Victor Millan... Manolo Sanchez
Lalo Rios... Risto
Phil Harvey... Blaine
Joi Lansing... Blonde
Harry Shannon... Gould
Rusty Wescoatt... Casey
Wayne Taylor... Membro da gangue
Ken Miller... Membro da gangue
Raymond Rodriguez... Membro da gangue
Arlene McQuade... Ginnie
Zsa Zsa Gabor... Proprietária do clube de strip
Marlene Dietrich... Tana
Mercedes McCambridge... Hoodlum
Keenan Wynn... Man
Joseph Cotten... Detetive




Sinopse:
Ramon Miguel Vargas é um chefe de polícia mexicano que está em lua-de-mel com sua mulher Susan Vargas numa cidadezinha bem perto da fronteira com os Estados Unidos da América. Quando um assassinato acontece, os conceitos da ética policial de Ramon se confrontam diretamente com os de Hank Quinlan, o corrupto capitão da polícia local.

Este é um dos maiores noir de todos os tempos. Também é considerado o último filme noir, encerrando o ciclo histórico dos noir clássicos, que se iniciara em 1941 com O Falcão Maltês. Produzido, dirigido e interpretado por Orson Welles, no papel do corrupto detetive Hank Quinlan, vemos aqui uma aula de direção, interpretação, cenografia e fotografia. Welles está impecável em seu personagem, mantendo seu lugar cativo no Hall da Fama dos maiores gênios da história do cinema. Seu personagem marcante, um emblema do indivíduo sórdido, cínico, corrupto, mau, reflexo de uma mente pervertida, foi interpretado de uma forma a não deixar dúvidas quanto ao papel de Orson Welles como um gênio, surgido no cinema em 1941, quando interpretou John Foster Kane, em Cidadão Kane, este colocado em primeiro lugar na maioria das listas dos melhores filmes de todos os tempos. Um gênio que jamais será esquecido!

A cena inicial, em única tomada de memoráveis 5 minutos, que acompanha a trajetória do carro que sai da cidade mexicana, atravessa a alfândega e a fronteira com os Estados Unidos e entra em cidade da Califórnia, focalizando, em seguida, e na mesma tomada, os passos do detetive Vargas (Charlton Heston) e sua esposa Janet Leigh (haviam acabado de se casar), quando se dá a explosão do mencionado veículo, é uma das mais magistrais cenas em tomada única da história do cinema. Uma cena de arrepiar em função de sua beleza plástica e do suspense despertado no espectador. Enfim, uma aula de cinema!

Vejam abaixo trecho desta obra-prima:

http://www.youtube.com/watch?v=E8AXd1ayxrg

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